Em 2017, Carlos Rennó mandou letra para Moraes Moreira (1947 – 2020) e, desse envio, nasceu um samba gravado por Moraes em registro caseiro de voz e violão.
Esse registro foi o ponto de partida para que anos depois, a pedido de Rennó, o filho do artista baiano, Davi Moraes, adicionasse voz, guitarra, baixo e percussão, dando origem a uma gravação póstuma de Moreira Moreira.
Baião para uma baiana em São Caetano é uma das dez músicas que integram o repertório do álbum Muita lindeza – Letras de amor de Carlos Rennó e músicas de parceiros, programado para entrar em rotação amanhã, 15 de dezembro, em edição da gravadora Biscoito Fino.
“Passei a letra para o Moraes e ele, magistralmente, a musicou como se tivesse feito letra e melodia juntas, ao mesmo tempo. Originalmente, a música foi criada para ser um samba já no título, mas achei melhor mudar para baião, um ritmo nordestino. Curiosamente, por um desses paradoxos inerentes à criação de música popular ou da Arte de modo geral, a canção acabou virando espécie de samba à moda e ao estilo de Moraes, a despeito do ‘baião’ do título”, explica Carlos Rennó.
Já previamente lançada em single em outubro, a faixa de Moraes Moreira foi formatada com produção musical de Carlos Savalla, Davi Moraes e Apollo Nove, este também responsável pela mixagem e masterização do álbum. Foi de Apollo Nove a ideia de produzir disco com inéditas canções com letras de Carlos Rennó.
O repertório do álbum Muita lindeza – Letras de amor de Carlos Rennó e músicas de parceiros inclui composições como A rima perfeita (Marcelo Jeneci e Carlos Rennó), A sua vida, Preta, importa pra mim (Moreno Veloso e Carlos Rennó), Declaração (Samuel Rosa, Juliano Rosa e Carlos Rennó), Deus proteja meu filho (Bem Gil e Carlos Rennó), Mundo em expansão (João Bosco e Carlos Rennó), O laço que une eu e você (Paulinho Moska e Carlos Rennó) e Sá (Jorge Drexler e Carlos Rennó).
A faixa-título Muita lindeza é parceria de Rennó com João Gil, tendo sido gravada pelo trio Gilsons com o Cortejo Afro.