Música incluída por Chico Buarque no roteiro do show Que tal um samba?, Desalento (1970) também ganha a voz do compositor – parceiro de Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 – 9 de julho de 1980) nessa canção de redenção afetiva – no álbum que Mariana de Moraes, neta do poeta carioca da música brasileira, lança na sexta-feira, 27 de outubro, somente com músicas de autoria do avô. Chico reaviva Desalento em dueto com a cantora no disco Vinicius de Mariana.
Editado pelo Selo Sesc, o álbum Vinicius de Mariana apresenta arranjos de João Donato (1934 – 2023) em cinco das 12 músicas (as outras sete foram orquestradas por Guto Wirtti). Entre elas, Marcha da quarta-feira de cinzas (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1962) e Canto de pedra preta (1966), afro-samba da parceria de Vinicius com Baden Powell (1937 – 2000), da qual Mariana também rebobina Canto de Xangô (1966) – faixa feita com as adesões de Zé Manoel e Clara Buarque, neta de Chico – e Tristeza e solidão (1966).
Já a gravação de Maria Moita (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964) agrega as vozes de Camila Pitanga, Jussara Silveira e Mart'nália enquanto Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1965) traz a cantora Luciana Moraes.
O repertório do álbum Vinicius de Mariana também inclui a menos conhecida Quando a noite me entende (Antonio Maria e Vinicius de Moraes, 1954), Só me fez bem (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1964), Mundo melhor (Pixinguinha e Vinicius de Moraes, 1966), Onde anda você (Hermano Silva e Vinicius de Moraes, 1974) – música que traz a voz de Zé Manoel, também presente no disco como pianista – e Eu não existo sem você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958).