♪ Dois anos após Fábio Jorge ter lançado O tempo (2021), primeiro álbum em português da discografia do cantor paulistano, o artista volta para o francês, idioma dominante na ascendência materna e na obra fonográfica iniciada há 14 anos com a edição do CD Chanson française (2009).
Aznavour – sexto álbum de Jorge, já disponível em CD e em edição digital, com capa que expõe colagem de Gustavo Gontijo – é, como o título sugere, disco com abordagens de músicas do repertório do cantor e compositor Charles Aznavour (12 de maio de 1924 – 1º de outubro de 2018), a mais relevante voz masculina da chanson francesa do século XX.
Dez anos após dar voz ao cancioneiro de Edith Piaf (19 de dezembro de 1915 – 13 de outubro de 1963) no álbum Edith (2013), o cantor celebra o Sinatra francês sob direção musical do pianista Alexandre Vianna, autor dos arranjos.
Em Aznavour, Fábio Jorge canta músicas tornadas standards mundiais como Que c'est triste venice (Charles Aznavour e Françoise Dorin, 1964), Hier encore (Charles Aznavour, 1964) e La bohème (Charles Aznavour e Jacques Plante, 1965), entre composições menos conhecidas, além de Comme ils disent (Charles Aznavour, 1972), canção em que o astro francês tocou no tema da homossexualidade masculina, ainda um tabu na época.
Em She (1974), Fábio Jorge esquece momentaneamente o francês para cantar essa popular versão em inglês de Tous les visages de l'amour (Herbert Kretzmere e Giorgio Calabrese, 1974).