♪ O lançamento do álbum Anastácia nesta quinta-feira, 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba, é estratégico e visa sedimentar na roda o nome dessa cantora e compositora capixaba residente na cidade do Rio de Janeiro (RJ) desde 2013.
Nascida em 15 de outubro de 1988, Anastácia carrega o mesmo nome artístico da octogenária cantora e compositora pernambucana associada ao universo do forró. Só que Anastácia Santana Monteiro – embora também seja vocalista do Ambulantes, projeto de pop funk mantido em dupla com o guitarrista e produtor musical Iuri Nascimento – vem procurando conquistar espaço na roda do samba carioca.
Lançado pelo selo Toca Discos, com nove faixas compostas por oito músicas e a Vinheta da alvorada (Anselmo Groove), o álbum Anastácia combina a percussão usual do samba (surdo, tamborim, cuíca, tan tan e pandeiro, entre outros instrumentos) com os teclados de Eduardo Farias, o baixo de Guto Wirtti e a bateria de Xande Figueiredo nos arranjos de Rafael dos Anjos, produtor musical do disco.
Uma das músicas inéditas do repertório, Cazuá (Anastácia e Waltis Zacarias) tem a assinatura da artista e o toque do acordeom de Marcelo Caldi.
Precedido pelos quatro singles que anteciparam as músicas Bêbada (Julio Macabu, 2019), Sou dessas (Thiago Miranda, 2019), Eu não (Julio Macabu, 2021) e Ai de mim (Anastácia, Julio Macabu e Waltis Zacharias, 2021), o álbum Anastácia apresenta composições como Cisma (de Julio Macabu, compositor fluminense recorrente no disco) e Foi bom (Flavinho Miúdo, Waltis Zacarias, Paulo Cézar Macabu, o PC, irmão de Julio).
Já o samba Não penso em mais nada (2014) traz as assinaturas de Jr. Dom e Arlindo Cruz, tendo sido gravado pela cantora com a benção de Arlindo, dada na quadra da escola de samba Mangueira.
Com repertório majoritariamente recolhido na safra da Família Macabu, Anastácia é o primeiro álbum dessa artista de 33 anos que vem tentando abrir mais alas e pedir passagem no dia do samba.