♪ Reduzido a um trio desde que o tecladista Mário Camelo pediu para deixar a banda e teve a saída anunciada em 24 de agosto, o grupo Fresno lança o álbum Vou ter que me virar nesta sexta-feira, 5 de novembro, com 11 músicas autorais gravadas quando Camelo ainda estava na banda.
Três faixas – Agora deixa (Lucas Silveira e Mário Camelo), Eles odeiam gente como nós (Lucas Silveira) e 6h34 (Nem liga guria) (Lucas Silveira) – já tinham sido apresentadas na sequência de lançamentos intitulada Inventário.
Essa série Inventário foi iniciada em 30 de agosto com a edição de single com a gravação de 12 words 30000 stones (Lucas Silveira, Arthur Mutanen, Pedro Chediak, Pedro Lucas Ferraz, o Adieu), música excluída da seleção final de Vou ter que me virar, nono álbum de estúdio da banda.
Entre as oito reais novidades do álbum Vou ter que me virar, Lucas Silveira (voz, guitarra, baixo e teclados), Gustavo Mantovani, o Vavo (guitarra) e Thiago Guerra (bateria) se conectam com Lulu Santos – convidado da gravação da música Já faz tanto tempo (Lucas Silveira), cujo título está em sintonia com o fato de a faixa já ter sido gravada há cerca de dois anos – e reúnem os californianos Alejandro Aranda (conhecido pelo nome artístico de Scarypoolparty) e Yvette Young na música Tell me lover, creditada a Lucas Silveira em parceria com Aranda.
Em Vou ter que me virar, primeiro álbum do Fresno desde Sua alegria foi cancelada (2019), disco que manteve a banda no trilho independente seguido em álbum anteriores como A sinfonia de tudo que há (2016) e Infinito (2012), faz “rock direto e livre” no conceito do baterista Thiago Guerra.
Parceria de Lucas Silveira com Arthur Joly, creditado como coautor por ter enviado o sample de bateria eletrônica que deu origem à música, Fudeu!!! é faixa criada para evocar a virulência do punk rock, com peso que reverbera na faixa final, Grave acidente (Lucas Silveira).
Já Casa assombrada é composição de tom mais reflexivo, escrita com inspiração em análises feitas em terapia pelo autor da música, Lucas Silveira, também criador solitário das músicas Caminho não tem fim e Essa coisa (Acorda-trabalha-repete-mantém), cuja letra versa sobre o cotidiano automatizado do ser humano na selva dos campos e das cidades.
E por falar em repetição, até ser dado como pronto pelo Fresno, o álbum Vou ter que me virar teve nada menos do que 42 versões.