♪ Integrante da formação original do Azymuth, trio carioca que surgiu nos anos 1970 e logo extrapolou as fronteiras do Brasil na década seguinte com azeitada fusão de samba, funk e jazz, entre outros fervilhantes gêneros musicais daquela era musical, o baixista e compositor fluminense Alex Malheiros lança álbum solo em novembro, aos 75 anos.
Com repertório inteiramente autoral composto por 12 temas da lavra do artista nascido em 19 de agosto de 1946, com o nome de José Alexandre Malheiros Filho, o álbum Tempos futuros chega ao mercado fonográfico precisamente em 26 de novembro, pela gravadora inglesa Far Out Recordings, nos formatos de LP, CD e em edição digital, com capa que expõe arte de Noopur Choksi.
Com cancioneiro composto e gravado em Niterói (RJ), cidade natal do artista, o disco Tempos futuros ganhou forma com a produção musical orquestrada por Daniel Maunick, artista residente em Londres, Inglaterra.
Além de ter criado os arranjos, Maunick assina com Malheiros metade das 12 músicas do álbum. Alto verão, Marcinha, Nikiti, O temporal, Requiem for a storm e Sereno são as seis composições da parceria firmada por Malheiros com Maunick no disco Tempos futuros.
Esta já mencionada música composta por Alex Malheiros em parceria com Daniel Maunick foi gravada pelo baixista com a voz da filha, Sabrina Malheiros, cantora também convidada do registro de Prece (Alex Malheiros).
Detalhe: a música-título Tempos futuros ostenta o toque do Fender Rhodes de José Roberto Bertrami (1946 – 2012), tecladista e arranjador original do Azymuth, falecido há nove anos. É que a faixa se origina de gravação caseira (demo, no jargão fonográfico) feita em 1995.
O funk é o gênero recorrente em repertório formado por músicas como Kuarup, Retrato, The razor's edge e Telegramas para arp – todas assinadas solitariamente por Alex Malheiros. Só que, no álbum Tempos futuros, o som de Alex Malheiros segue a linha do Azymuth e se deriva do jazz-funk, do samba-funk e do brit-funk.