♪ Música que deu título ao álbum lançado por Gal Costa em 1998, Aquele frevo axé nunca foi exatamente um hit. Só que a canção acabou atravessando o tempo, imposta pela beleza melódica e poética da música composta por Cezar Mendes com letra de Caetano Veloso.
Uma semana depois de ter sido revivida por Gal na terceira live da cantora, Aquele frevo axé ganha as vozes de Wado e Patricia Marx em registro fonográfico reverente à arquitetura suave dessa canção impregnada da bossa carioca, ainda que a letra verse melancolicamente sobre a saudade de um amor de Carnaval vivido na Bahia, terra de João Gilberto (1931 – 2019).
Posto em rotação na sexta-feira, 17 de setembro, pelo selo Lab 344, com capa que expõe arte criada por Rogério Rodrigues, o single Aquele frevo axé oferece instante de beleza em quatro minutos.
Artista catarinense residente em Maceió (AL) desde os anos 1980, Wado começa cantando a música, já gravada por Caetano Veloso em discos de 2011 e de 2020, ano em que Silva também rebobinou Aquele frevo axé em álbum ao vivo – com a ressalva de que a primeira regravação da canção foi feita por Vânia Abreu e Marcelo Quintanilha no álbum Pierrot & Colombina, de 2006.
Depois de Wado, é vez do solo de Patricia Marx, cuja voz foi captada em estúdio de São Paulo. Até que as vozes dos cantores se juntam no minuto final da gravação feita com produção musical de Wado e programada para ser alocada como faixa-bônus do álbum audiovisual Depois do fim ao vivo, previsto para ser lançado pelo artista até o fim deste ano de 2021.
Conduzida pelo toque do violão de Wado, a gravação de Aquele frevo axé também destaca o piano tocado por Dinho Zampier em tempo de delicadeza condizente com a natureza dessa sedutora canção que jogou a primeira luz sobre o talento do compositor e violonista baiano Cezar Mendes.