♪ Em 1951, a pianista cubana Aida Diestro (1924 – 1973) decidiu fundar grupo feminino com base na experiência adquirida em coros religiosos. Surgiu então o Cuarteto D'Aida, cuja formação original incluía a então jovem cantora Omara Portuondo, então recente revelação vocal das noites de Havana.
Uma das músicas cubanas apresentadas ao mundo nas vozes do Cuarteto foi Nocturno antillano. Essa canção do compositor, pianista e arranjador cubano Julio Gutiérrez (1918 – 1990) foi originalmente gravada pelo grupo em 1957 e, desde então, permaneceu em lugar cativo na memória afetiva de Omara.
Ciente do apreço da diva cubana pela composição, a cantora paulista Anna Setton convidou Omara para regravar Nocturno antillano em dueto para o segundo álbum de Setton, Onde mora meu coração.
Quem pavimentou a ponte Brasil-Cuba, ligando São Paulo a Havana, e fez efetivamente o convite foi Swami Jr. – violonista que já trabalhou com Omara e que foi convidado para orquestrar a produção musical desse segundo álbum de Anna Setton, previsto para ser lançado ainda neste ano de 2021, sete décadas após a criação do Cuarteto D'Aida.
Capa do single 'Nocturno antillano', de Anna Setton & Omara Portuondo — Foto: Divulgação
Gravado em junho, entre estúdios das duas cidades, o dueto de Anna Setton e Omara Portuondo em Nocturno antillano foi escolhido para ser o segundo single do álbum Onde mora meu coração, sucessor do álbum Anna Setton (2018) na discografia da artista.
O single Nocturno antillano entra em rotação nos aplicativos de música em 1º de outubro, mês em que Omara completará 91 anos, no dia 29.
Anunciado em 27 de agosto com o single que apresentou regravação do xote Morena bonita (Toninho Horta e Felipe Cordeiro, 2004), o álbum Onde mora meu coração também traz no repertório as abordagens de Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça, 1973) – sucesso do primeiro álbum do grupo Secos & Molhados – e de Fazenda (Nelson Angelo, 1976), música lançada na voz de Milton Nascimento.