Músico formado, produtor, multi-instrumentista e até ator, o gaúcho Gustavo Petry, mais conhecido como deGust, é também um remixer de mão cheia pelo que vem demonstrando através de seu catálogo.
Já assinou por selos como LouLou Records, House of Hustle e Prisma Techno, e foi por esta última que trouxe seu novo release, um remix para a faixa "Hey Human", de Vallent, com vocais de Sarria, lançada originalmente no começo de 2020 — o EP de remixes ainda inclui produções de Andre Salata, Binaryh, Chappier e Paulo Foltz.
Já assinou por selos como LouLou Records, House of Hustle e Prisma Techno, e foi por esta última que trouxe seu novo release, um remix para a faixa "Hey Human", de Vallent, com vocais de Sarria, lançada originalmente no começo de 2020 — o EP de remixes ainda inclui produções de Andre Salata, Binaryh, Chappier e Paulo Foltz.
A partir de sua nova obra, deGust foi convidado para dar o seu passo a passo de como fazer um remix certeiro!
1 – Definir o núcleo
"Bom, acho que o primeiro passo é tentar encontrar aquele que vai ser o elemento principal, seja uma melodia, uma percussão, uma voz, etc. Afinal, é esse elemento que vai ser o gancho pra identificar a track e também pra conectar com a versão original. No caso da "Hey Human", por conter um vocal bem singular, não precisei pensar muito pra escolhê-lo como núcleo".
2 – Experimentar
"Depois de encontrar esse tema, acredito que devemos experimentar diferentes processamentos com ele, como tirar o elemento do ritmo original, criar loops com diferentes durações, aplicar filtros, diferentes tipos de ambiência. E foi justamente isso que fiz com a voz do Sarria: recortei um pedaço pequeno da frase inteira e criei um loop que fica indo e voltando através de um filtro high cut. Com esse laboratório, conseguimos encontrar diferentes maneiras de apresentar essa releitura e contar essa nova história".
3 – Dar corpo
"Daí então é que gosto de partir pra parte mais secundária. Depois de toda essa pesquisa e experimentação com os elementos protagonistas, temos que dar corpo à música e fazer com que esses elementos tenham todo o suporte que precisam ter. Aqui entram kick, bass, pratos, percussões, synths de apoio, pads, FX, etc. Gosto de usar coisas minhas nessa parte da criação. Samples, presets e timbres meus que vão trazer a minha identidade pro remix".
4 – Conectar com a letra
"Se no remix tiver vocal com letra: o que essa letra está falando? Conseguimos transcrever a mensagem em som? Onde está a pessoa que fala (atmosfera)? Que elementos podem ajudar a salientar o discurso e/ou dar suporte para aquilo que está sendo dito? A "Hey Human", por exemplo, tem uma certa urgência implícita na letra, então tentei buscar transmiti-la através de um pluck bem agudo, com ritmo quebrado e que, de certa forma, lembra um som de alarme, ou um beep de hospital".
5 – Comparar com a original
"E por último: tem produtores que não curtem ouvir a track original para não serem influenciados na hora da criação. Já eu sempre acho válida essa escuta, justamente para criarmos algo que tenha um certo contraste com a primeira versão, que traga alguma novidade em relação às estruturas originais e que encontre uma outra paisagem sonora/atmosfera".
Aproveite para ouvir todas as versões que fizeram parte do EP de remixes lançado pela Prisma Techno.
1 – Definir o núcleo
"Bom, acho que o primeiro passo é tentar encontrar aquele que vai ser o elemento principal, seja uma melodia, uma percussão, uma voz, etc. Afinal, é esse elemento que vai ser o gancho pra identificar a track e também pra conectar com a versão original. No caso da "Hey Human", por conter um vocal bem singular, não precisei pensar muito pra escolhê-lo como núcleo".
2 – Experimentar
"Depois de encontrar esse tema, acredito que devemos experimentar diferentes processamentos com ele, como tirar o elemento do ritmo original, criar loops com diferentes durações, aplicar filtros, diferentes tipos de ambiência. E foi justamente isso que fiz com a voz do Sarria: recortei um pedaço pequeno da frase inteira e criei um loop que fica indo e voltando através de um filtro high cut. Com esse laboratório, conseguimos encontrar diferentes maneiras de apresentar essa releitura e contar essa nova história".
3 – Dar corpo
"Daí então é que gosto de partir pra parte mais secundária. Depois de toda essa pesquisa e experimentação com os elementos protagonistas, temos que dar corpo à música e fazer com que esses elementos tenham todo o suporte que precisam ter. Aqui entram kick, bass, pratos, percussões, synths de apoio, pads, FX, etc. Gosto de usar coisas minhas nessa parte da criação. Samples, presets e timbres meus que vão trazer a minha identidade pro remix".
4 – Conectar com a letra
"Se no remix tiver vocal com letra: o que essa letra está falando? Conseguimos transcrever a mensagem em som? Onde está a pessoa que fala (atmosfera)? Que elementos podem ajudar a salientar o discurso e/ou dar suporte para aquilo que está sendo dito? A "Hey Human", por exemplo, tem uma certa urgência implícita na letra, então tentei buscar transmiti-la através de um pluck bem agudo, com ritmo quebrado e que, de certa forma, lembra um som de alarme, ou um beep de hospital".
5 – Comparar com a original
"E por último: tem produtores que não curtem ouvir a track original para não serem influenciados na hora da criação. Já eu sempre acho válida essa escuta, justamente para criarmos algo que tenha um certo contraste com a primeira versão, que traga alguma novidade em relação às estruturas originais e que encontre uma outra paisagem sonora/atmosfera".
Aproveite para ouvir todas as versões que fizeram parte do EP de remixes lançado pela Prisma Techno.