Zé Ramalho (1949) é um cantor e compositor brasileiro, uma das grandes vozes da geração nordestina dos anos 70.
José Ramalho Neto nasceu em Brejo da Cruz, Paraíba, no dia 3 de outubro de 1944. Filho de Antônio De Pádua Ramalho, um seresteiro, e de Estelita Torres Ramalho, professora primária. Com 2 anos ficou órfão de pai, passando a ser criados pelos avós, José e Soledade Alves Ramalho. Em 1960 mudou-se com a família para a cidade de João Pessoa. Estudou nos melhores colégios da cidade e iniciou o curso de medicina.
Início de carreira
Zé Ramalho começou sua carreira artística escrevendo verso de cordel. Cantava em conjuntos inspirados na Jovem Guarda e no Rock inglês. Em 1974 teve uma música de sua autoria incluída na trilha sonora do filme: Nordeste, Cordel, Repente e Canção, de Tania Quaresma. Em 1975 lançou o disco “Paebiru”, em parceria com Lula Cortes. Logo estava tocando na banda de Alceu Valença. Nesse mesmo ano, participou do festival “Abertura”, quando cantou com Alceu Valença a música “Vou Danado Pra Catende”.
Em 1976 mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1977 gravou seu primeiro álbum solo, intitulado “Zé Ramalho”, que incluía a música Avôhai, composta em homenagem a seu avô, como também “Chão de Giz” e “Bicho de Sete Cabeças”. Seu trabalho foi elogiado pela crítica e fez sucesso de vendas. Zé Ramalho ganhou o prêmio de Melhor Cantor Revelação da Associação Brasileira de Produtores de Discos.
Em 1979, Zé Ramalho lançou seu segundo disco solo, que fez grande sucesso com as músicas “Admirável Gado Novo” e “Frevo Mulher”. Em 1980 mudou-se para Fortaleza, onde escreveu o livro de poesias “Carne de Pescoço”. Em seguida lançou os álbuns “Terceira Lâmina” (1981), “Força Verde” (1982), “Orquídia Negra” (1983).
Trilha Sonora de novelas
Zé Ramalho ganhou grande projeção ao ter suas músicas incluídas em trilhas sonoras de diversas novelas, entre elas: “Mistério da Meia Noite” – Roque Santeiro (1985), “Oh Pecador” – De Quina Pra Lua – (1986), “Entre a Serpente e a Estrada” – Pedra Sobre Pedra (1992), “Sensual” – Fera Ferida (1998), “Profetas” – O Fim do Mundo (1996), “Admirável Gado Novo” – O Rei do Gado (1996), “Avohai” – A Indomada (1999) e Eita Mundo Bom (2016).
Outros Sucessos
Em 2000, o sucesso se repetiu com o disco “Nação Nordestina” foi indicado ao “Grammy Award de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras”. O sucesso se seguiu com o lançamento de discos que homenageou diversos cantores, entre eles: “Zé Ramalho Canta Raul Seixas” (2001), “Zé Ramalho Canta Bob Dylan” (2008), “Zé Ramalho Canta Luiz Gonzaga” (2009), “Zé Ramalho Canta Jackson do Pandeiro” (2010) e “Zé Ramalho Canta os Beatles” (2011).
Em 2014, lançou em parceria com Fagner, “Fagner & Zé Ramalho ao Vivo”. No dia 12 de agosto de 2016, o cantor celebrou o Box "Ze Ramalho voz e viola” - 40 anos de música com um show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. Em maio 2018, o compositor se apresentou no Teatro Guararapes, no Recife, onde festejou 40 anos de carreira, com o show “Zé Ramalho” Voz e Violão – 40 anos de música”, que foi lançado, em box, em 2016.