♪ Ciente de que o amor é um ato revolucionário, como sentenciou Chico César no título de disco lançado em 2019, Marina Iris prepara virada na carreira fonográfica.
Sem abafar o engajamento do álbum anterior Voz bandeira (2018), a cantora e compositora carioca lança em fins de abril o EP Virada, com seis músicas sobre relacionamentos amorosos, compostas com linguagem mais popular e gravadas com time de convidados que inclui os cantores Diogo Nogueira, Lenine, Moacyr Luz, Péricles e Renato da Rocinha, além das cantoras Amanda Amado, Deborah Vasconcelos e Marcelle Motta.
“Como mulher preta, falar de afeto é transformador, ainda mais num tempo de durezas como esse que estamos vivendo”, argumenta Marina Iris.
Dois singles serão apresentados antes da edição completa do EP. O primeiro deverá chegar ao mundo digital na segunda quinzena deste mês de março. Trata-se da música-título do disco, Virada, parceria de Marina com Manu da Cuíca gravada com Péricles, cantor cujo repertório inclui muitos sambas de temática amorosa (pagodes românticos, como foi rotulado o subgênero paulistano do samba propagado a partir dos anos 1990).
“Fiz um disco para celebrar o encontro e as relações nesse período difícil de isolamento. Um disco que busca reproduzir o calor de uma roda de samba, com afetos, vozes e muito suingue”, conceitua a artista, conhecida no universo do samba carioca por participar de rodas como Balaio Bom.
Idealizado em janeiro por Marina Iris com Eduardo Familião, o EP Virada teve as gravações encerradas em 26 de fevereiro e feitas sob a direção musical do cavaquinhista, banjoísta e arranjador Vitor de Souza. A produção artística do disco é de Patricia Rodrigues.