♪ Em noite histórica de 1967, Edu Lobo se consagrou vencedor do III Festival de Música Popular Brasileira ao defender Ponteio.
Nesta música, criada a partir do mote “Quem me dera agora / Eu tivesse a viola para cantar”, o compositor carioca apontou outros caminhos harmônicos para o baião, gênero musical nordestino que tivera apogeu de popularidade nos anos 1950, década áurea de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), mas que enfrentava período de menor visibilidade nacional na era dos festivais.
Com versos escritos pelo poeta e letrista baiano José Carlos Capinan, Ponteio exemplificou a sofisticação moderna da obra de Eu Lobo, compositor identificado com a corrente mais nacionalista da MPB.
Decorridos 54 anos do célebre festival, Ponteio ressurge com a pulsação habitual, mas em outros caminhos harmônicos, de bifurcações jazzísticas, no registro instrumental gravado pelo percussionista mineiro Tulio Araújo – conhecido no meio musical pela habilidade no toque do pandeiro – para ser lançado em single na sexta-feira, 5 de fevereiro, em gravação independente que ficará disponível na plataforma Bandcamp.
Produzido e mixado pelo próprio Tulio Araújo, o single Ponteio tem arranjo do guitarrista mineiro Felipe Vilas Boas. A guitarra de Vilas Boas interage com o pandeiro de Tulio na gravação feita também com os toques dos músicos Pedro Franco (no violão de sete cordas e no bandolim), Bruno Vellozo (no baixo elétrico) e Igor Neves (nos synths).
Capa do single 'Ponteio', do pandeirista Tulio Araújo — Foto: Divulgação